zara castro
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Alexander McQueen RTW Spring 2011
É difícil conceber uma tarefa mais ingrata na moda do que assumir o cargo de um designer como Alexander "Lee" McQueen, mas Sarah Burton é precisamente o tipo de potência silenciosa, que tem tudo para agarrar o seu legado e arrastá-lo até onde ele precisa ir para sobreviver e prosperar. Por mais que ela tenha trabalhado ao lado de McQueen por 15 anos e tenha claramente uma ligação simbiótica com a sua visão muito particular, é seu gênero que é seu maior patrimônio e ponto de diferença, pelo menos foi a forma que mostrou em seu desfile. O primeiro look poderia ficar como um manifesto para o futuro: a casaca é uma peça tradicional McQueen, mas aqui foi atenuada, com bordas inacabadas e duras, o ombro pico que foi outra marca registrada de McQueen foi cortado em aberto, descontraído.
Burton também suavizou a encenação, um conceito que sempre foi tão crítico a um show McQueen. Onde suas narrativas eram freqüentemente "dark", desconcertando coisas, ela optou por um clima favorável: um pagão, o espírito da Terra-Mãe. A mulher em seu show começou como uma simples tela branca e foi constantemente recuperada pela natureza: embrulhado em bordados de folhas, em folhas de couro preto, em um brocado de ráfia aparado, nas asas de borboletas monarca ou uma massa envolvente de penas. O artesanato foi surpreendente, como o vestido da borboleta monarca, por exemplo, ou um vestido com uma couraça de palha de milho dourado e saia de penas de faisão, ou outro vestido de organza plissada que parecia um desdobramento de uma anêmona-do-mar.
O que não mudou com este show foi a fantasia que definiu o trabalho de McQueen. Burton já disse que ficaram muitas idéias ainda inexploradas em seu trabalho com o designer. Agora que já provou sua fidelidade absoluta, sua familiaridade absoluta, vai ser fascinante vê-la aplicar o artesanato e o trabalho de equipe que fez esta coleção um sucesso tão grande de uma nova visão para a casa.
Burton também suavizou a encenação, um conceito que sempre foi tão crítico a um show McQueen. Onde suas narrativas eram freqüentemente "dark", desconcertando coisas, ela optou por um clima favorável: um pagão, o espírito da Terra-Mãe. A mulher em seu show começou como uma simples tela branca e foi constantemente recuperada pela natureza: embrulhado em bordados de folhas, em folhas de couro preto, em um brocado de ráfia aparado, nas asas de borboletas monarca ou uma massa envolvente de penas. O artesanato foi surpreendente, como o vestido da borboleta monarca, por exemplo, ou um vestido com uma couraça de palha de milho dourado e saia de penas de faisão, ou outro vestido de organza plissada que parecia um desdobramento de uma anêmona-do-mar.
O que não mudou com este show foi a fantasia que definiu o trabalho de McQueen. Burton já disse que ficaram muitas idéias ainda inexploradas em seu trabalho com o designer. Agora que já provou sua fidelidade absoluta, sua familiaridade absoluta, vai ser fascinante vê-la aplicar o artesanato e o trabalho de equipe que fez esta coleção um sucesso tão grande de uma nova visão para a casa.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Hakaan/Paris Prêt-à-Porter/Spring 2011
Todo ano a França escolhe um criador destaque para patrocinar um desfile em Paris. Esse ano Carine Roitfeld elegeu Hakaan Yildirim. Esses desfiles sempre acontecem no Palais de Tokyo e já revelaram estilistas super talentosos, como Gareth Pugh e Giles Deacon. Ontem teve Eva Herzigova, Naomi Campbell e um monte de gente famosa na fila A, como as editoras Giovanna Bataglia, Emanuelle Alt, Mert Alas, que junto com Marcus Piggot que também estava la, fazem um dos duos de fotografos de moda mais influentes do mundo. Foi o desfile mais disputado do dia, apesar de ter rolado também Dries Van Noten e Rochas. Daria abriu o show, por onde também passaram a lindissima Shirley Malmman, Alessandra Ambrosio, Isabeli Fontana, Natalia Vodianova e Mariacarla Boscono.
Yildirim fez uma grande impressao no seu primeiro show em Londres na ultima temporada, tanto que ganhou este ano o prêmio de €220.000 da ANDAM.
A silhueta é ainda ultra-equipada, mas mais minimalista que a de inverno, babados de cordao feito retornos cobertos por seda, so que desta vez haviam mais recortes, nao so nos minis, mas também nas segundas-pele. Essa coleçao vai mais uma vez ganhar comparaçoes com as de Ricardo Tisci para Givenchy. O que vimos de novo foram os novos comprimentos, um blazer bem cortado sobre uma saia preta com uma bainha estreita, e ainda a mesma saia, mas com um muito quente(em todos os sentidos da palavra) top curto de couro e mangas longas, que deixava o diafragma à mostra.
O veredicto: O nicho de Hakaan é bastante estreito, ele esta criando para mulheres com cinturas minúsculas e contas bancarias inversamente proporcionais, mas ele esta fazendo um belo trabalho em cima disso.
Yildirim fez uma grande impressao no seu primeiro show em Londres na ultima temporada, tanto que ganhou este ano o prêmio de €220.000 da ANDAM.
A silhueta é ainda ultra-equipada, mas mais minimalista que a de inverno, babados de cordao feito retornos cobertos por seda, so que desta vez haviam mais recortes, nao so nos minis, mas também nas segundas-pele. Essa coleçao vai mais uma vez ganhar comparaçoes com as de Ricardo Tisci para Givenchy. O que vimos de novo foram os novos comprimentos, um blazer bem cortado sobre uma saia preta com uma bainha estreita, e ainda a mesma saia, mas com um muito quente(em todos os sentidos da palavra) top curto de couro e mangas longas, que deixava o diafragma à mostra.
O veredicto: O nicho de Hakaan é bastante estreito, ele esta criando para mulheres com cinturas minúsculas e contas bancarias inversamente proporcionais, mas ele esta fazendo um belo trabalho em cima disso.
Assinar:
Postagens (Atom)